Home » Igreja do Senhor dos Mártires
Situada num dos extremos da vila a igreja do Senhor Jesus dos Mártires, vulgarmente chamada de igreja do Senhor dos Mártires, é o segundo templo a ser construído no local, sendo ainda visíveis, a poente do atual edifício os vestígios da abóbada da primitiva igreja de São Sebastião, já existente em 1570.
O atual templo foi construído em princípios do século XVIII. Mandada construir pelo padre Miguel dos Anjos Cabedo, para nela ficar sepultado, tal acabaria por acontecer conforme se pode ler na inscrição embutida junto à entrada lateral, no interior, datada de 1721.
A igreja de arquitetura setecentista com estrutura barroca, com nave, capela-mor, sacristia e torre sineira, foi considerada Imóvel de Interessa Público com despacho do MC em 1996.
A fachada do templo, ladeada por duas torres quadradas, apresenta um portal simples de cantaria com frontão interrompido, cujas volutas enquadram uma cartela onde se inscrevem as chagas de Cristo. No eixo central abre-se, mais acima, um óculo emoldurado pela cornija que corre a toda a largura do edifício e aqui se curva e modela, numa descontinuidade geradora de movimento.
No seu interior a nave tem dois púlpitos em madeira e dois altares de alvenaria – o de Santa Ana (Santana) e o de Nossa Senhora do Carmo.
O Altar-mor, em mármore de diversas tonalidades do início do séc. XVIII, enquadrado pelas colunas salomónicas que se destacam pela cor cinzenta sobre o mármore branco do fundo e se prolongam em toda a volta em arcos espiralados. As paredes laterais são revestidas com painéis de azulejos azuis e brancos do “ciclo dos grandes mestres”, com cenas da Paixão, azulejos esses ligados à escola de Oliveira Bernardes.
Em 1991 sofreu obras de restauro devido ao elevado estado de degradação em que se encontrava. Altura em que a pavimentação do interior do templo até então de lajes de xisto foi substituída por tijoleira e colocado um rodapé de azulejos assim como iluminação interior.
Reza a lenda que pouco tempo após a sua construção foi esta igreja destino de muitas romarias “por caírem na mesma igreja e perto dela em um Sábado de Aleluia muitas flores”. No entanto, o milagre terá ocorrido antes da sua edificação que viria a ser construída como homenagem de gratidão do pai de uma criança muda que, ao ver cair as flores, começara a falar.
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